29 junho 2007

Não esqueço jamais...

Tem lugares que me lembram minha vida,
por onde andei as histórias,
os caminhoso destino que eu mudei
cenas do meu filme em branco e preto
que o vento levou e o tempo traz
entre todos os amores e amigos de
você me lembro mais...
Desenhos que a vida vai fazendo
Desbotam alguns, uns ficam iguais
Entre corações que tenho tatuados
De você me lembro mais
De você, não esqueço jamais !

Enfeitiçada !!!

Lindo, e eu me sinto enfeitiçada
Correndo perigo
Seu olhar é simplesmente lindo
Mas também não diz mais nada
Menino bonito
E então quero olhar você
Depois ir embora
Sem dizer o porquê
Eu sou cigana
Basta olhar pra você

Menino Bonito (Rita Lee)





O Segredo.

Fui ver o filme. E meu susto foi bem outro. O filme não me pedia aprovação alguma para o homossexualismo, o filme não demandava minha solidariedade.
Não. Trata-se de um filme sobre o império profundo do desejo e não uma narração simpática de um amor desviante. O filmes se impõe assustadoramente.
Os dois caubóis jovens e fortes se amam com um tesão incontido e são tomados por uma paixão que poucas vezes vi num filme, hetero ou não.
Foi preciso um chinês culto para fazer isso. Americano não agüentava. Nem europeu, que ia ficar filosofando.
Brokeback é imperioso, realista, sem frescuras. Eu fiquei chocado dentro do cinema, quando os dois começam a transar subitamente, se beijando na boca com a fome ancestral vinda do fundo do corpo.
O filme não demandava a minha compreensão.
Eu é que tinha de pedir compreensão aos autores do filme, eu é que tive de me adaptar à enorme coragem da história, do Ang Lee.
Eu é que precisava de apoio dentro do cinema, flagrado, ali, desamparado no meu machismo tolerante. Eu é que era o careta, eu é que era o viado no cinema, e eles, os machos corajosos, se desejando não como pederastas passivos ou ativos, mas como dois homens sólidos, belos e corajosos, entre os quais um desejo milenar explodiu.
Não há no filme nada de gay, no sentido alegre, ou paródico ou humorístico do termo. Ninguém está ali para curtir uma boa perversão.
Não. Trata-se de um filme de violento e poderoso amor. É dos mais emocionantes relatos de uma profunda entrega entre dois seres, homos ou heteros.
Acaba em tragédia, claro, mas não são vítimas da sociedade. Não. Viveram acima de nós todos porque viveram um amor corajosíssimo e profundo. Há qualquer coisa de épico na história, muito mais que romântica.
Há um heroísmo épico, grego, como entre Aquiles e Pátroclo na Ilíada, algo desse nível. O filme não é importante pela forma, linguagem ou coisas assim.
Não. Ele é muito bom por ser uma reflexão sobre a fome que nos move para os outros, sobre a pulsação pura de uma animalidade dominante, que há muito tempo não vemos no cinema e na literatura, nesses tempos de sexo de mercado e de amorezinhos narcisistas.
Merece os Oscars que ganhou. Este filme amplia a visão sobre nossa sexualidade.
Blog - Filmes do Chico (CHICO FIREMAN )


14 junho 2007

Max !!!


"Existem muitos gurus que sabem dar respostas criativas às grandes questões sobre o mercado de trabalho."
Aqui vai um pequeno resumo da entrevista para a CBN com o famoso Reynold Remhn:

Pergunto: Ainda é possível ser feliz num mundo tão competitivo?
Resposta: Quanto mais conhecimento conseguimos acumular, mais entendemos que ainda falta muito para aprendermos. É por isso que sofremos. Trabalhar em excesso é como perseguir o vento. A felicidade só existe para quem souber aproveitar agora os frutos do seu trabalho.
Segunda pergunta: O profissional do futuro será um individualista?
Resposta: Pelo contrário. O azar será de quem ficar sozinho, porque se cair, não terá ninguém para ajuda-lo a levantar-se.
Terceira pergunta: Que conselho o Senhor dá aos jovens que estão entrando no mercado de trabalho?
Resposta: É melhor ser criticado pelos sábios do que ser elogiado pelos insensatos. Elogios vazios são como gravetos atirados em uma fogueira.
Quarta pergunta: E para os funcionários que tem Chefes centralizadores e perversos?
Reposta: Muitas vezes os justos são tratados pela cartilha dos injustos, mas isso passa. Por mais poderoso que alguém pareça ser, essa pessoa ainda será incapaz de dominar a própria respiração.
Ultima pergunta: O que é exatamente sucesso?
Resposta: É o sono gostoso. Se a fartura do rico não o deixa dormir, ele estará acumulando,
ao mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraça.

Belas e sábias respostas.
Eu só queria me desculpar pelo fato de que não existe nenhum Reynold Remhn. Eu o inventei. Todas as respostas, embora extremamente atuais foram retiradas de um livro escrito a 2.300 anos: o ECLESIASTES , do Velho Testamento . Mas, se eu digo isso logo no começo, muita gente, talvez, nem tivesse interesse em continuar ouvindo.

Max Gheringer, escritor e economista, formado em Economia com pós-graduação pela Fundação Getúlio Vargas, possuindo Mestrados e Doutorado na PUC RJ, Harvard e Cambridge. Max escreve regularmente para VOCÊ s.a., Exame, Revista da Web!, Vip e Placar.

03 junho 2007

Se


Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber? Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz só que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...
Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não. Se (Djavan)





02 junho 2007

Desejo

Sabes que te quero.
Sentes o meu desejo.
Esconde-se em teu livro.
Esquece do que preciso.
Esqueça o gracejo, dance.
Volte desse transe, transe.
Antes que o desejo canse.
Inflame-me como o fogo-fato.
Ao espreitar a chama do incenso.
Faça o queimar do anseio que me vence.
Com teus beijos quentes minha angustia mata.

Memórias de uma Gueixa.

Chegou o final de semana!!! Sábado a tarde, friozinho, então nada melhor que se enfiar em baixo de um edredom com um bom filme romântico e muita pipoca.
Aqui vai uma boa dica. Se tiver boa companhia ótimo, senão, curta sozinha mesmo por que o filme é um primor, delicado, figurino deslumbrante, trilha belíssima, sem falar de Ken Watanabe (belo).
O filme recebeu muitas criticas, se passa no Japão, artistas japoneses em meio a segunda guerra mundial e é falado em inglês. Americanos não gostam de legendas. Se fosse falado em japonês, talvez não tivesse a repercussão que teve e nem seria indicado ao Oscar.
De qualquer forma para quem gosta de filmes românticos, ele é uma delicia!!!

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A história começa nos anos que antecedem a II Guerra Mundial, quando uma criança japonesa é arrancada à sua miserável família para ir trabalhar como serva numa casa de gueixas.
Apesar de uma rival traiçoeira, que quase quebra o seu espírito, a criança desabrocha, transformando-se na lendária gueixa Sayuri. Bela e muito dotada, Sayuri cativa os homens mais poderosos do seu tempo mas é assombrada pelo seu amor secreto por um homem fora do seu alcance...

01 junho 2007

Sem Rumo.


Ás vezes estamos sem rumo, mas
alguém entra em nossa vida, e se
torna o nosso destino.

Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas
muitas vezes isso é necessário, existe uma
diferença muito grande entre conhecer o caminho
e percorrê-lo.

Não procure querer conhecer seu futuro antes da
hora, nem exagere em seu sofrimento, esperar é dar
uma chance à vida para que ela coloque a pessoa
certa em seu caminho.

“A tristeza pode ser intensa,
mas jamais será eterna.”

A felicidade pode demorar a chegar, mas o
importante é, que ela venha para ficar e não
esteja apenas de passagem...

(Luiz Fernando Veríssimo)
Se não há motivos pra ser feliz, Invente-os.