20 outubro 2010

Simplesmente AMOR.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá,

ou pelo tormento que provoca.

 CRÔNICA DE AMOR Roberto Freire

07 outubro 2010

Crônica - O trilema de Marina.

Marina Silva tornou-se a noiva mais disputada no enlace presidencial. Confesso que passei a vê-la com outros olhos quando soube que o economista e escritor Eduardo Giannetti, um dos intelectuais mais brilhantes do país, é o seu principal assessor econômico.

Se apoiar o candidato da oposição, Marina estará acrescentando um ponto positivo em sua biografia política e rompendo definitivamente com o cleptopopulismo. Será a Marina sem auto-engano – uma líder do Brasil futuro.

Se apoiar a candidata oficial, Marina provará que é uma eterna companheira – de Lula, José Dirceu, Erenice, Delúbio, Franklin Martins, Marco Aurélio Garcia; para não falar em Sarney, Renan e Collor. Se cair na teia do governismo, Marina estará reconhecendo, para nossa decepção, que, no íntimo, sempre foi uma petista acima de tudo – uma petista que só deixou de ser petista quando isso lhe foi eleitoralmente desfavorável. Será a Marina com auto-engano – uma companheira do passado.

Se permanecer neutra, Marina vai confirmar a hipótese de que suas propostas são vazias e retóricas na essência. Ficando em cima do muro, tentaria passar a imagem de candidata que paira sobre tudo e todos, mais personagem de Avatar do que personalidade política relevante.

Marina está diante de três caminhos. Na natureza, o verde vive o mesmo trilema: amadurecer, apodrecer ou simplesmente não vingar. (JL - 06/10/10 - Paulo Briguet)