Quando escolho um filme na locadora, cinema ou TV, espero que esse filme não apenas me distraia, mas que me emocione que me faça sorrir ou até mesmo gargalhar, me faça rever conceitos, olhar o mundo através de outros olhos. Não é tarefa fácil encontrar filmes sensíveis no meio dessa enxurrada de pancadarias e efeitos especiais que as produtoras desovam todos os anos no mercado. Mas também não é impossível, para quem gosta vai aí uma bela dica.
Encontros e Desencontros é um filme que trata de contrastes: perda e encontro; solidão e companhia; as culturas americana e japonesa e as diferenças dentro do país onde Bob e Charlotte tentam se encontrar.
Belíssimo, vi e revi inúmeras vezes, veio sem a pretensão de ser O filme, mas apenas para contar uma historia, a trilha sonora é primorosa e a fotografia também, um filme tão feliz na delicada arte de expressar o indivisível,
O relacionamento que desenvolvem não é predominantemente sexual; nem por isso pode-se dizer que seja integralmente amizade e vice-versa. Portanto, a melhor interpretação acaba por ser a cumplicidade e tudo que esta palavra engloba.
É um filme extremamente sutil e sensível e foge muito do estereótipo do cinema norte-americano. Trata-se de um drama poderoso, diluído por um toque de comédia muito bem orquestrado. Sua grandeza repousa nos detalhes. Um olhar, um abraço, um quase sorriso perdidos pode deixar lacunas para o bom entendimento do filme, não há necessidade de legenda os personagens falam por si só. O espectador deve deixar-se levar por completo, ser tragado sem retorno para o mundo criado por Sofia Coppola. Na prática, permitir-se sentir o filme, o que é uma exigência para se assistir a qualquer filme, mas que aqui assume proporções vultosas.
Não posso deixar de destacar o belíssimo final de Encontro e Desencontro. O sussurro entre os personagens de Murray e Johansson, ininteligível aos espectadores, traduz uma cumplicidade que não pode e nem deve se compartilhada por terceiros.
Encontros e Desencontros é um filme que trata de contrastes: perda e encontro; solidão e companhia; as culturas americana e japonesa e as diferenças dentro do país onde Bob e Charlotte tentam se encontrar.
Belíssimo, vi e revi inúmeras vezes, veio sem a pretensão de ser O filme, mas apenas para contar uma historia, a trilha sonora é primorosa e a fotografia também, um filme tão feliz na delicada arte de expressar o indivisível,
O relacionamento que desenvolvem não é predominantemente sexual; nem por isso pode-se dizer que seja integralmente amizade e vice-versa. Portanto, a melhor interpretação acaba por ser a cumplicidade e tudo que esta palavra engloba.
É um filme extremamente sutil e sensível e foge muito do estereótipo do cinema norte-americano. Trata-se de um drama poderoso, diluído por um toque de comédia muito bem orquestrado. Sua grandeza repousa nos detalhes. Um olhar, um abraço, um quase sorriso perdidos pode deixar lacunas para o bom entendimento do filme, não há necessidade de legenda os personagens falam por si só. O espectador deve deixar-se levar por completo, ser tragado sem retorno para o mundo criado por Sofia Coppola. Na prática, permitir-se sentir o filme, o que é uma exigência para se assistir a qualquer filme, mas que aqui assume proporções vultosas.
Não posso deixar de destacar o belíssimo final de Encontro e Desencontro. O sussurro entre os personagens de Murray e Johansson, ininteligível aos espectadores, traduz uma cumplicidade que não pode e nem deve se compartilhada por terceiros.
Ganhador do Oscar de melhor roteiro original em 2003 além de vários outros prêmios.
Direção e Roteiro: Sofia Coppola
Scarlett Johansson (Charlotte)
Bill Murray (Bob Harris)
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