15 abril 2011

A morte dos sonhos.

R E A L E N G O

"Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus".

O que difere um jovem de 24 anos "assassino" com os milhares de outros jovens com a mesma idade? Estrutura familiar, religião, violência doméstica, beleza física, $$$, sofreu bullying, abuso sexual, drogas, gay, desamparo, falta de amor, deficiente, falta de cultura, miséria, falta de inteligência, consumismo. Durante todos esses dias após a barbaridade do episódio em Realengo, vários entendidos do assunto entre eles, médicos, psicologos, terapêutas, religiosos, professores e jornalistas, tentaram de alguma forma explicar a tragédia, ao meu ver ninguém ainda deu uma definição clara sobre esse jovem e talvez não haja mesmo uma explicação. Se formos considerar todos esses fatores para fundamentar a decisão tomada de matar crianças inocentes temos um grande problema no futuro. A maioria de nossas crianças ou adolescentes passaram, passam e irão passar um dia por algumas ou mais situações descritas e nem por isso se tornaram um assassino brutal. Acredito que um conjunto de mecanismos mais uma deficiência quimica do organismo possa sim desenvolver o lado perverso de um ser humano. Agora explicar! Como se explica uma atitude dessa?  Como explicar para os pais ou mães dessas crianças, que um louco, malígno, desorientado entrou na escola que consideramos "segura" apontou uma arma na cabeça do seu ou sua filho(a) e atirou. Matou os sonhos!!! Dilacerou os familiares dele e das crianças, os amigos, insultou a segurança escolar,  desprezou a nossa sociedade, embora  hipócrita, deu uma banana para os nossos políticos e subjugou a polícia e daí o Grand Finale - SUICIDOU.
Acredito que o que mais atormenta os familiares e o povo brasileiro além da dor, é que não existe mais essa pessoa, o indivíduo para podermos descarregar, vomitar todo esse desespero, essa ausência, não existe mais o SER, nem isso ele deixou para as famílias ver o autor desse massacre sofrer, ser julgado, punido para no mínimo amenizar o sofrimento, não que isso iria apaziguar a dor que dilacera, mas seria um bálsamo para um eterno vazio.

Dizer que ele é vítima do sistema é corroborar com a marginalidade!

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